Começo por esta fotografia. Fui escuteira durante muitos anos, no 516 Bombarral. Esta é a memória fotográfica da minha primeira promessa enquanto Lobita.
Era mais do que o grupo de escuteiros, era o meu grupo de amigos. Para uma filha única foi a oportunidade de excelência para aprender a estar com os outros, ouvir pontos de vista distintos, respeitar hierarquias, trabalhar a autonomia e responsabilidade, arriscar, fazer parte de um todo e não perder a individualidade.
Nos escuteiros, vivi duas máximas: “deixar o mundo sempre um pouco melhor” e “estar sempre alerta para servir”.
Talvez estas duas frases tenham tido mais influência do que alguma vez pensei. Hoje, sem dúvida, sou, entre outros, o reflexo destes dois princípios.
Procuro “deixar o mundo sempre um pouco melhor”, principalmente pela mudança na forma como olho para o que me rodeia. Há mais de 4 anos que sou vegetariana, eliminando o uso de animais para me alimentar. Comecei a estar mais atenta a situações em que não há o equilíbrio necessário entre o homem e os restantes animais. Mudei algumas coisas que compro, na perspetiva de diminuir o impacto negativo na natureza.
Descobri que pequenos passos que eu posso dar, e que só dependem de mim, podem ter um impacto positivo e até maior do que expectável no início.
Este lado de “estar sempre alerta para servir” influenciou a forma como eu olho para as pessoas à minha volta. O lado da psicologia, o lado do coaching, é um caminho de estar atento ao outro. De o “servir” quando estou genuinamente e em presença em sessão. De partilhar o que sei para potenciar o caminho e de me sentir verdadeiramente feliz quando sinto o impacto destes momentos.
Muito mais há a dizer e a descobrir. Como em todos os que se disponibilizam a fazer esta caminhada de autoconhecimento e de consciência.
Se for o caso, estamos disponíveis para caminhar em conjunto!
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