Gestão de Talentos: A Perspetiva do Coaching Psicológico
- GO Coaching
- Apr 29
- 3 min read
No atual panorama empresarial, em constante mudança e com elevados níveis de exigência, a gestão de talentos tornou-se um dos pilares fundamentais para o sucesso organizacional. Já não basta contratar pessoas qualificadas — é essencial potenciá-las, desenvolvê-las e garantir o seu alinhamento com a cultura e objetivos da organização.
Durante a participação da Rita Castaño no programa “Sociedade Civil” da RTP, foram partilhadas reflexões relevantes sobre este tema, com destaque para a importância das abordagens humanizadas e integradas. Uma dessas abordagens é o coaching psicológico, uma ferramenta poderosa para lidar com os desafios contemporâneos da gestão de recursos humanos e, acima de tudo, de pessoas.
O que é afinal a gestão de talentos?
Mais do que um processo de recrutamento, a gestão de talentos é uma estratégia contínua que começa na identificação dos perfis mais adequados e se prolonga no tempo através do desenvolvimento profissional e humano, na retenção e no reconhecimento dos colaboradores.
Num mercado de trabalho competitivo e em constante transformação, as empresas que melhor gerem os seus talentos são as que:
Atraem profissionais alinhados com a sua missão e os seus valores organizacionais;
Investem na formação e no crescimento das suas equipas;
Criam ambientes psicológica e emocionalmente seguros;
Escutam, reconhecem e adaptam-se às necessidades das pessoas.
Quando bem feita, a gestão de talentos contribui diretamente para a inovação, retenção de conhecimento, produtividade e para uma cultura organizacional mais saudável.
O papel do coaching psicológico na gestão de talentos
O coaching psicológico distingue-se de outras formas de coaching por se sustentar numa base científica e numa compreensão profunda do comportamento humano. Ao ser conduzido por psicólogos com formação específica em coaching, este processo permite ir além da definição de metas — ajuda o indivíduo a compreender os seus padrões, a desenvolver a autorregulação e a desbloquear potenciais.
No contexto da gestão de pessoas e de talentos, o coaching psicológico pode ser uma ferramenta estratégica para:
Apoiar líderes na criação de relações mais empáticas e eficazes com as suas equipas, nomeadamente através de team buildings;
Desenvolver soft skills essenciais como inteligência emocional, resiliência e comunicação assertiva;
Promover maior clareza de propósito e alinhamento entre os objetivos individuais e organizacionais;
Gerir conflitos e facilitar momentos de transição (promoções, mudanças de função, integração de novos elementos, entre outros).
Insights partilhados no programa “Sociedade Civil”
Na entrevista à RTP, Rita Castaño abordou a necessidade de olhar para o talento de forma mais ampla. Muitas vezes, o que impede um colaborador de brilhar não é a falta de competência técnica, mas sim questões relacionadas com a autoconfiança, o stress, a gestão emocional, a motivação no trabalho ou a dificuldade em sentir-se incluído num determinado ambiente.
Foi também destacada a importância de escutar os colaboradores. A escuta ativa e genuína é uma das ferramentas mais subestimadas, mas mais poderosas, na gestão de pessoas. Num mundo em que tudo parece urgente, parar para ouvir pode ser a chave para reter talentos e gerar compromisso a longo prazo.
Além disso, foi reforçada a ideia de que o desenvolvimento pessoal é inseparável do desenvolvimento profissional. As empresas que compreendem isto e que investem nesse crescimento integrado colhem resultados mais consistentes.
Coaching psicológico: uma ponte entre o potencial e a ação
Ao integrar o coaching psicológico nas estratégias de gestão de talentos, as organizações ganham uma vantagem significativa. Não se trata apenas de “motivar” — trata-se de ajudar cada pessoa a encontrar a sua própria motivação no trabalho, a desenvolver maior consciência sobre os seus comportamentos e a sentir que faz parte de algo maior.
Através do coaching psicológico, é possível:
Identificar e desenvolver competências-chave nos colaboradores;
Fomentar uma cultura de feedback e aprendizagem contínua;
Melhorar a comunicação e a colaboração entre equipas;
Reduzir o turnover e aumentar o engagement;
Apoiar a saúde mental e emocional das equipas.
Em última instância, trata-se de criar ambientes onde as pessoas possam crescer, errar com segurança, reinventar-se e contribuir com o melhor de si.
Reflexões Finais
A gestão de talentos é muito mais do que uma função da gestão de recursos humanos. É um compromisso organizacional com o desenvolvimento humano, com o bem-estar e com a criação de relações de trabalho em equipa significativas e sustentáveis.
O coaching psicológico surge como um aliado precioso neste caminho, oferecendo não só ferramentas práticas, como os team buildings, mas também um olhar mais profundo e humano sobre os desafios e potencialidades de cada profissional.
Na GO Coaching, acreditamos que investir em talento é investir em futuro. E que talento não é apenas algo que se tem — é algo que se cultiva.
Quer aprofundar este tema?
Pode rever a participação completa de Rita Castaño no programa Sociedade Civil – Gestão de Talentos, transmitido pela RTP. Uma conversa rica em exemplos práticos, que complementa as ideias exploradas neste artigo.

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