Nos últimos tempos tenho pensado no papel das emoções na nossa vida no geral e na nossa vida profissional em particular.
Este artigo pode ter uma visão demasiado pessoal e ter uma óptica em que muitos não se revejam, mas irei tentar, para quem vive este tema como eu, provocar para que se permitam mudar, até porque, parece-me, não andamos a fazer tudo bem.
Vivi, ou vivo, com a ideia de que quem mostra as suas emoções, no geral, está a demonstrar demasiadas fragilidades.
É uma fraqueza exposta ao mundo que importa fingir não existir e importa que ninguém tenha acesso.
A auto-gestão é tudo, e saber controlar as emoções é uma das melhores ferramentas do mundo.
Preocupamo-nos com a imagem, com o parecermos muito estruturados e demonstrarmos uma saúde mental sólida.
Claro que uma parte de mim se mantém alinhada com esta ideia, no entanto estamos a falar de pessoas para pessoas. Somos da área da psicologia e dos recursos humanos mas parece que queremos lidar apenas com pessoas que transmitam segurança, confiança e estabilidade e isso nem sempre é possível.
A nossa capacidade de demonstrarmos fraquezas e fragilidades vai gerar em nós e nos outros uma humanização nas relações.
Para qualquer pessoa será mais fácil assumir uma fragilidade e pedir ajuda se souber que do lado de lá está alguém que faz o mesmo. Que do lado de lá está uma pessoa que não se coloca na posição de super herói e de guru.
Precisamos cada vez mais de desenvolver a nossa capacidade de demonstrar que temos medos, inseguranças, fragilidades. Que há temas no trabalho e em casa que nos podem deixar tristes e desorientados.
Precisamos cada vez mais de sermos capaz de estar com as nossas emoções e de dar espaço aos outros para fazerem o mesmo.
Se só estivermos disponíveis para emoções positivas, para estruturas psicológicas inabaláveis só estamos, no limite, disponíveis a robots. E, se a vida for para ser vivida só no plano racional desconectando das emoções, nem tudo vai bem. Concorda?
Se sente que quer explorar mais a relação que tem com as suas emoções e que quer moderar o raciocínio lógico que o distancia de sentir, fale connosco!
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