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10 de outubro: Dia Mundial da Saúde Mental - O Nosso Testemunho

Por vezes pode parecer que é fácil estar deste lado do ecrã e propor às pessoas que parem para pensar em si, que avancem com novos hábitos, que sejam promotores das suas próprias mudanças, com consciência do caminho já percorrido, dos seus pontos fortes, das suas áreas de desenvolvimento, etc, etc, etc.


Pode parecer que ao motivarmos os outros nos seus caminhos seja porque o nosso é fácil. Fácil porque recorremos das ferramentas que mostramos aos outros, connosco mesmas.


Mas, será assim?


Costuma-se dizer que “em casa de ferreiro espeto de pau” e, no sentido em que também temos as nossas dúvidas, as nossas angústias e as nossas fragilidades a frase é certeira. Mas o mesmo não se aplica no sentido de não cuidarmos da nossa saúde mental.


Hoje queremos partilhar consigo as nossas experiências pessoais neste mundo que é o de procurar salvaguardar o nosso bem-estar psicológico.

 

“Numa nota mais pessoal gostava de partilhar que a primeira vez que tive uma consulta com um psicólogo foi em 2010!

Desde ai já fiz 3 processos de psicoterapia com diferentes psicólogos, e trabalhei temas distintos em cada fase.

Sei que muito do que sou hoje, e muito do que quero ser no futuro, vem desta aposta que fiz no meu próprio processo terapêutico.


Não é sempre fácil, não é sempre feliz e não é sempre leve, mas, o mais importante para mim, é sentir que é sempre recompensador.

Em cada sessão de psicoterapia temos a possibilidade de ver os temas por outra perspectiva, ou validar as nossas, temos a possibilidade de ganhar folgo para os desafios que estamos a viver, temos a possibilidade de estar em contacto connosco, com a ajuda de um profissional.


“Bem comigo, bem com os outros”, é um lema que tento trazer comigo.

E o bem-estar, acredito eu, vem de dentro para fora.


Por isso, tudo é melhor se apostarmos em nós e se promovermos o nosso auto-cuidado.”


Rita

 

“Sim, faço sessões de psicoterapia há mais de 10 anos.


Com maior ou menor frequência, estes momentos, que são só meus, são cruciais para me organizar, para me estruturar, para me dar foco no que é realmente importante para mim.


Há momentos duros e há momentos leves. Momentos que doem e momentos de celebração. Mas todos eles são imprescindíveis para a minha saúde mental, para o meu desenvolvimento, para a pessoa e profissional que sou hoje.


Sou suspeita quando digo que devia ser “obrigatório” todos nós termos o seu psicoterapeuta. Mas somente porque sei e sinto o impacto que tem. Quem faz este caminho, reconhece-o.


E eu, hoje, reconheço e valorizo o quão importante é cuidar de mim, para poder cuidar dos outros.”


Patrícia





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