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Writer's picturePatrícia Barardo

ALGO MAIOR QUE NÓS

Quantas vezes já se sentiu impotente perante as situações que se passam à sua volta?

Nos dias de hoje, e basta ouvir as notícias ou conversar com alguém, são inúmeras as situações no país e no mundo que nos assolam.

Guerra, fome, crise climática, urgência de hospitais, catástrofes, crise na habitação, incapacidade para sustentar a família, dificuldade em conciliar uma vida profissional e pessoal… tanta coisa que, quando olhamos para cada uma delas, se tornam, por vezes, avassaladoras.

O que muitas vezes acontece, é que este tipo de pensamentos se transformam em preocupações. Questões ressoam na nossa cabeça e começamos a reflectir sobre tudo o que está a acontecer no mundo. E estas preocupações começam a ocupar “demasiado” tempo nas nossas vidas.

E quando ocupam demasiado tempo, transformam-se em algo maior que nós. Começam a ter uma carga demasiado pesada. Começam a “empurrar-nos para baixo”. Começam a ocupar demasiado espaço nas nossas emoções: ficamos sem energia, sem foco, com menor capacidade de ver o outro lado, com uma tristeza que está demasiado presente. Sentimo-nos ansiosos.

O que muitas acontece é uma espiral. Espiral essa que começa com um pensamento que nos preocupa, que se liga a outros pensamentos menos positivos e que rapidamente acaba por nos preencher por completo.

E, o que podemos fazer?

A sensação de impotência é o que muitas vezes “dá cabo de nós”. Sentimos que não há nada a fazer, que todos estes temas são maiores que a capacidade que cada um tem de resolver o que quer que seja.

A verdade é que se a minha linha de pensamento ficar nesta esfera de impotência, não conseguimos mesmo fazer nada de diferente.


Um dos temas que mais trabalhamos na GO Coaching, quer em momentos de formação, quer em sessões de coaching individual ou de equipas, é o foco no que depende de nós. Em todas as circunstâncias da nossa vida, há sempre algo que depende de nós. Há sempre um comportamento que podemos adoptar. Há sempre uma ação que podemos implementar. Em última instância, decidir não reagir ou aceitar que a realidade é como é, já por si, é uma reação mais tranquilizante do que estar sempre a depositar energia no problema.


Assim, e sempre que a sua mente for para um sítio de preocupação, de situações que não consegue controlar, responda às seguintes questões:

  • O que posso fazer que está ao meu alcance?

  • O que posso aceitar nesta situação?

  • Como posso pedir ajuda para minimizar o impacto do que está à minha volta?

  • Qual o primeiro passo que possa tomar para me sentir no controlo da situação?

  • Como me posso proteger emocionalmente para que este tema não me assole?

  • Com quem posso conversar para partilhar as minhas angústias?

  • O que, de facto, depende de mim?


Ao treinarmos a nossa mente para que, perante uma preocupação, se foque no que controla, no que depende de si, aumenta em muito a probabilidade de diminuir a sensação de angústia e ansiedade.

É o que chamamos de efeito boomerang: a nossa cabeça vai à preocupação, mas queremos que ela volte rápido ao que dominamos.

Vamos experimentar?


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